sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quarta é dia dos amigos no Bar do Kelé

(Publicado esta semana na seção Boas Histórias, no site da Sercomtel)

Em grande parte do mundo o Dia do Amigo é comemorado em 20 de julho, mas em pelo menos um endereço de Londrina essa determinação é descaradamente ignorada toda semana.

Faça chuva ou faça sol, seja horário de verão ou não, com eleição ou sem eleição, no Bar do Kelé, na esquina da rua São Vicente com a Pirapó, toda quarta-feira é Dia dos Amigos.

É um dia especial, em que os principais frequentadores marcam presença munidos de uma porção de carne e muito bom humor para jogar conversa fora ou desafiar o palmeirense Gilmar, dono do pedaço, na mesa de sinuca.

A regra é simples: aparecer com uma bandeja de carne, dessas que os mercados disponibilizam aos montes. É o “ingresso” para o Dia dos Amigos. E cada um paga a sua bebida. A churrasqueira, o carvão, os molhos todos, a farofa – todo o resto é por conta da casa.

A churrasqueira – personalizada, toda funcional, fabricada sob encomenda pelo pedreiro Cidão – é pilotada pelo sósia do Amado Batista, que, de tão parecido com o cantor brega, ninguém mais o conhece pelo nome, Hélio. É Amado Batista e ponto final. Ele próprio se apresenta assim, para surpresa dos incautos.

Deu cinco e meia, seis horas, Amado arrasta a churrasqueira com rodinhas para a calçada da São Vicente e acende o fogo, geralmente com lascas de peroba e tocos de goiabeira que o pedreiro Cidão traz de casa num daqueles engradados de supermercado.

Amado prepara uma pirâmide de lascas de peroba; no centro, um punhado de espetinhos de bambu usados na última churrascada. Nem precisa de muito álcool. A gordura impregnada nos bambuzinhos garante um fogaréu rápido e vigoroso.

E vão chegando os amigos. O comerciante Dirceu ocupa a ponta esquerda do balcão. O mecânico Rogério, impaciente, mata um gomo de lingüiça com muito molho de pimenta, e fica namorando um risólis, todos preparados pela dona Maria, que segura as pontas até a chegada do filho. Gilmar, que, assim que chega do trabalho (é contabilista numa empresa exportadora de café), veste a camisa do Palmeiras e assume as funções de botequeiro-mor.

E chega a comerciante Rita, logo puxando papo com todos. E chega um marciânico sujeito que tenta emplacar uma conversa sobre disco voador – que ele viu, é claro. E chega a turma toda, vizinhos, todos conhecidos de dona Maria e do finado Kelé, que resolveu nos deixar no último dia 10 de dezembro, aniversário da cidade, oito dias depois de ter completado 70 anos.

“Caiu do céu”, afirma Gilmar, falando sobre a iniciativa de Amado em criar o Dia dos Amigos. “Deu tão certo que estou até pensando em trocar o nome do bar, para Amigos do Bar do Kelé, com totem e tudo.”

Cidão vai falando sobre a última pescaria no Mato Grosso, queixando-se de que não vai poder ir noutra, agora, no feriado de Finados. E, como todo bom italiano, se emociona com a chegada do neto, de 13 anos, um baita garotão, a quem serve carne com farinha.

Amado remexe os pedaços de costela ripa, bistecas de porco, gomos grandes de linguiça calabresa, fatias de coração de boi. E vai controlando as labaredas com uma bisnaga d’água estrategicamente colocada na mesa ao lado.

Gilmar, de boa fé, cai na lábia do jornalista Fragoso, freguês temporão, que disse a ele que, para tirar fotografia, era melhor trocar de camisa. Milton, o fotógrafo, corintiano como Fragoso, dá aquela gargalhada de satisfação.

O Dia do Amigo foi inventado pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro em homenagem ao 20 de julho de 1969, data em que o homem chegou à lua. E, do jeito que todos bebem, comem e riem no Bar do Kelé, a lua nem fica tão distante assim.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A noite em que Severina salvou os filhos de um incêndio

(Publicado esta semana na seção Boas Histórias, no site da Sercomtel)

Antes de vir para Londrina, onde tornou-se torcedora fanática do Tubarão quando o time ainda nem tinha esse apelido, fanática a ponto de ouvir todos os jogos e todos os programas esportivos de todas as rádios, Severina Souza Theodoro protagonizou em Laje do Muriaé, divisa do Rio com Minas, um ato de heroísmo: salvou os três filhos pequenos e a si mesmo de um incêndio infernal.

E tudo graças a um bêbado. Um bêbado não: o maior bêbado da cidade, o Nicola, irmão de seo Abílio, o padeiro. Como todo bebum, Nicola, sempre que se encontrava naquele nível profissional de cana, desandava a falar. Tanto enchia o caneco que ninguém mais costumava dar bola ao que Nicola dizia – fosse verdade ou não.

O ano: 1954. Severina morava num sobrado já antigo, dos grandes. Na parte de baixo, a sala e a cozinha. Em cima, os quartos. Eram dois apartamentos. O outro era ocupado por dois irmãos. Embaixo ficavam ainda uma revenda de tratores e a sede da banda municipal. O imóvel ficava em frente à praça, e não muito longe do rio.

A tragédia
Naquela época, Severina morava praticamente sozinha com os filhos, de seis, oito e dez anos. Mário, o marido, vendedor de remédios, passava mais tempo em São Paulo e no Paraná do que em casa. E foi numa dessas que a tragédia aconteceu.

Aquela era noite de baile no salão da banda. A festança foi madrugada adentro, até que algum retardatário pra lá de marrakesh provavelmente resolveu abandonar um toco de cigarro aceso no recinto.

Isto é apenas suspeita. O fato é que lá pelas cinco da manhã Nicola, o bebum, começou a esgoelar, lá da praça, rumo às janelas de Severina: “Fogo, dona Severina! Fogo!”, repetia ele, com voz pastosa de pudim de cachaça. Severina chegou a comentar em voz alta: “Esse Nicola bebe e depois fica falando em fogo”.

Severina abriu a janela, daquelas janelas altas de casarão, certamente para passar um sabão no incômodo bebum, que insistia em gritar “Fogo, dona Severina”. Quando abriu a janela, Severina deparou com altas labaredas. O incêndio já consumira toda a parte de baixo e avançara sobrado acima. A escada já estava sob domínio do fogaréu.

Na coragem
Os meninos acordaram e aprontaram aquele berreiro. No desespero, Severina pegou o mais novo no colo e foi empurrando os outros dois em direção da escada. Desceram a dita cuja na mais pura coragem. Pouco depois de atravessarem a rua, a escada cedeu.

Mesmo assim, Severina voltou àquele inferno e puxou para fora a máquina de costura Singer que estava no começo da sala, bem perto da calçada. Foi o que restou: a camisola de dona Severina, os shorts dos meninos e a máquina de costura.

Homens faziam fila até o rio puxando baldes de água. Em vão: o sobrado já era. Os irmãos que moravam no apartamento ao lado chegaram a ficar sem saída. Pularam com colchões amarrados ao corpo.

Foram para a casa de parentes. Mário estava em Presidente Prudente, seu QG, de onde fazia as rotas para vender remédios. Apelaram à rádio Bandeirantes, de São Paulo, que passou a irradiar chamadas periódicas em busca de Mário Garcia Theodoro. Quem o visse que o avisasse de que a casa dele tinha sido destruída por um incêndio, mas que estava tudo bem com a família.

Rumo ao Paraná
Foi daí que Mário Thedoro antecipou o plano de mudar-se para o Paraná. Chegaram a Londrina no início de 1955. Assustada com o frio, dona Severina queria voltar na mesma hora.

Ficou, encarou a geada negra daquele ano, apaixonou-se pela terra e passou a usar a máquina Singer para costurar os shorts e as camisas que os filhos rasgavam em estripulias no buracão do Azevedo (atual Zerão) e nos campinhos de terra batida do Ipiranga e do Bom Sucesso, nos terrenos onde hoje estão, respectivamente, o ginásio do Moringão e o colégio Vicente Rijo.

Por causa do incendiário freqüentador do baile da banda, do bêbado Nicola e da coragem de dona Severina, o Rio de Janeiro perdeu três papa-goiabas e o Paraná ganhou três craques de bola: Carioca, Apolo e Lelei.

E aconteceu!

(Publicado na edição deste mês do jornal Em Dia, de Echaporã-SP)


O “algo muito grande” – vide a coluna passada, por favor – que seria necessário para reverter o quadro eleitoral e evitar a vitória petista no primeiro turno demorou mas aconteceu. Nos últimos dez ou quinze dias de campanha, Marina Silva abocanhou algo em torno de sete milhões de votos – a maioria da Dilma, o restante dos indecisos – e tornou-se a grande protagonista, até agora, da eleição presidencial.

Este país é mesmo do avesso. Todos os holofotes se voltaram para Marina. Até o alto-falante da praça da igreja matriz está morrendo de curiosidade para saber qual dos candidatos finalistas ela apoiará. Com razão, comemorou com seus correligionários o extraordinário desempenho em 3 de outubro. E, no fundo, das candidaturas realmente viáveis, foi a única que, paradoxalmente, ficou de fora da grande decisão.

Vai entender... Até parece futebol.

Culpa do Lula. Foi só ele ficar comparando qualquer coisa com futebol que até a política ganhou um grau de imponderabilidade que não sabíamos que pudesse existir. Até o domingo anterior ao da eleição ninguém apostava um fósforo queimado na oposição. A vitória de Dilma eram favas contadas. Já se discutia o ministério do próximo governo. A suposta “onda verde” levou José Serra de graça para o segundo turno.

Convenhamos: o tucano não fez nada para merecer. Enquanto oposição, foi uma lástima – nem arrebanhar para si as virtudes do governo FHC, do qual foi ministro, ele conseguiu. Em termos de carisma, é um zero à esquerda. Iniciou a campanha na TV tentando colar em Lula – tática suicida. A participação nos debates foi pífia.

As propostas de campanha de Serra foram tão insossas que, se fizerem uma enquete no bar do Esmeraldo, dificilmente alguém se lembrará de alguma. O tal salário mínimo de seiscentão é bravata das grossas – todo mundo sabe disso. O segundo turno lhe caiu no colo. Uma eventual vitória sua terá o dedo, as mãos, as orelhas e as duas pernas de Marina Silva.

Ao prolongar a campanha eleitoral até o próximo dia 31, o grande mérito da candidata do PV, além de ter dado uma enxadada na soberba dos governistas, foi o de propiciar ao País um embate realmente mais sério entre as visões de mundo e o modo de governar dos dois grupos políticos que desde 1994 disputam o poder no Brasil.

Dar a vitória, logo no primeiro turno, a uma candidata que jamais passara por um teste eleitoral significaria reduzir o nível de discussão e debate da política nacional ao nível das tiriricas e dos carrapichos. A expectativa, agora, é de que José Serra honre a vaga que Marina lhe proporcionou.

Apesar da visível decepção nas hostes governistas e da euforia que dominou o ninho tucano, será muito difícil impedir a vitória de Dilma Rousseff. Lula tirou 20 milhões de pessoas da linha da miséria, robusteceu o salário mínimo com aumentos reais e fortaleceu sobremaneira o mercado interno com crédito facilitado e redução de impostos na hora certa – o que permitiu, por exemplo, que o Brasil passasse praticamente ao largo da crise global de 2009.

Vá convencer esses milhões de eleitores – que antes do Bolsa-Família não tinham dinheiro para nada e hoje comem carne mais de uma vez por semana – que eles têm de mudar o governo. Eis o grande desafio de José Serra.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O avesso do avesso

"O Brasil acordou na segunda-feira, 4 de outubro, menos entorpecido." Este é o início do texto que escrevi para a última edição da Revista Real, que o santista Régis Querino publica em Londres. O texto é longo (http://www.revistareal.com/out2010_politica.php) e a ilustração que o acompanha, de Edvaldo Jacinto, é essa aí.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O dia em que Bill Gates não veio trabalhar em Londrina

(Publicado na seção Boas Histórias, do site da Sercomtel, www.sercomtel.com.br)



Neste momento em que a cidade aposta na área da Tecnologia de Informações, com empresas investindo no desenvolvimento de softwares, muitos nem imaginam que Londrina esteve muito perto de atrair, na década de 70, o homem que revolucionou a informática.

Antes de mais nada, é preciso saber que Bill é diminutivo de William, assim como Joe é de Joseph ou Zé é de José.

Quem conta a história é Abílio Wolff Júnior, empresário de 72 anos, radicado em Londrina desde os três. Na segunda metade do século passado, Abílio dirigiu a Exactus, empresa que atualmente produz software para gestão empresarial e contábil. A empresa está presente em 150 cidades, com 17 mil usuários.

Mas, décadas atrás, ela já era grande. E, por estar trabalhando nesta área, Wolff, conhecido do então deputado Alencar Furtado, e assessora pelo ex-deputado Hélio Duque, fez uma denúncia à CPI das Multinacionais, sobre a situação da informática no Brasil.

“A relação entre usuários e fornecedores era uma coisa de louco. Prestávamos serviços em computação aqui, mas, se precisássemos de assistência técnica, só no Rio Grande do Sul. As regras e os contratos eram leoninos. Tudo isso tinha de ser discutido.”

Abílio conta que a denúncia feita à CPI chamou a atenção da imprensa nacional e internacional. “Todo mundo queria falar comigo. Cheguei a ficar assustado.”

No Rio de Janeiro, ele teve um encontro com Pepe Guerra, então gerente geral da IBM para a América Latina. Para conversar com Abílio, o executivo fechou uma das boates mais famosas do Rio, a Night & Day, no hotel Serrador, onde hoje funciona a Petrobrás.

Papo vai, papo vem, superados os principais assuntos em pauta no Congresso, a conversa bandeou para a microcomputação. Entre gente ligada à área, já se falava na possibilidade de a indústria avançar para a produção de computadores de pequeno porte – os atuais PCs.

Foi então que, segundo Abílio, o chefão da IBM – líder mundial no mercado de grandes computadores – disse que a empresa não via esse segmento como promissor, tanto que fazia pouco tempo demitira “o menino” que cuidava dessa área, inclusive permitindo que ele levasse tudo o que havia criado em microsoft.

No retorno do Rio, Abílio narrou a conversa com Guerra aos demais diretores da Exactus e sugeriu que se investisse numa viagem por EUA, Canadá e Europa para assuntar novidades na área. E propôs até que procurassem o garoto dispensado pela gigante IBM.

A ideia era a de expor ao “garoto” a precariedade na captação de dados e na introdução deles nos equipamentos da época para processamento – justamente a área de atuação de William Gates. “Dispúnhamos, aqui, de um manancial de clientes que poderia ser, para ele, um grande laboratório para aplicação de seus projetos”, diz Abílio.

A reação geral foi de descrédito, com o argumento de que a empresa estava em franco progresso e, afinal, se a própria IBM não apostou no desenvolvimento daquela área, por que a Exactus apostaria?

Nos anos 90, com a Microsoft já despontando como uma das maiores empresas do mundo, em reunião com Fernando Mitre, sucessor de Pepe Guerra, Abílio pergunta o que o tal William Gates tinha a ver com o já então projetado e reconhecido Bill Gates. “É o próprio!”, respondeu Mitre, laconicamente.

“Quem sabe se todo esse império que o Bill Gates montou não poderia estar aqui no Brasil, e ter nascido e crescido a partir de Londrina?”, pergunta Abílio, referindo-se ao homem cuja fortuna pessoal é de US$ 53 bilhões, segundo a revista Forbes – e seria mais do que o dobro disso, não fossem as doações bilionárias feitas com cerca freqüência por William Henry Gates III.

Nem morto!

(Publicado quarta-feira, dia 6, no Jornal de Londrina)

No papo de ontem à noite no Bar Celestial, o futebol começou em segundo plano. Com os chifres, ou melhor, a cabeça na eleição, os três diabinhos se divertiam ouvindo as histórias do Tio Mário, dos tempos em que era cabo eleitoral (profissional!) em Laje do Muriaé, no noroeste fluminense.

Hoje tem urna eletrônica, o voto é universal, até piá de 16 anos vota, mas naquele tempo do onça, primeira metade do século XX, analfabeto não votava – e como tinha analfa, hein... Principalmente na zona rural, onde seo Mário atacava a cada quatro anos. Em cada campanha eleitoral, ele percorria sítios e fazendas.

O objetivo era ensinar os analfas a escrever o nome – e só isso. O que já era suficiente para tirar o título de eleitor. Certa feita, acompanhado de um incauto, foi ao Fórum garantir mais um voto para seus candidatos-patrões.

O problema foi que, na hora de revelar o nome para o seo Mário ensiná-lo a escrever, o papa-goiaba disse que se chamava Antônio Pereira. Esqueceu do Silva no final, como constava na sua certidão de nascimento.

No cartório eleitoral, ele assinou o que seo Mário tinha lhe ensinado – Antônio Pereira – até que o funcionário, observando a certidão de nascimento do sujeito, indagou: “Cadê o Silva do seu nome?”. No que o capiau, na maior inocência, entregou: “Ué, esse aí o seo Mário não me ensinou”.

Resultado: o juiz local mandou caçar o seo Mário, que teve de driblar muita gente para não acabar no xilindró.

Terminada a gargalhada, Bracciola – com a alma mais leve, agora que, ao que parece, o Parmera tomou tendência – resolveu provocar os amigos. O primeiro alvo foi Luís César.

– Carpegiani... Sei não. Vocês tão mais pra Sul-Americana que pra Libertadores. E olha lá!

O são-paulino fingiu que não ouviu. Arrancou com os dentes o último pedaço do espetinho – ignorou até a farofa com molho verde – e saiu mastigando rumo ao banheiro, para tirar água do joelho.

Bracciola então pegou Moitinha para cristo. Coçou a barbinha rala de uma semana e, sentindo-se inspirado, tascou:

– Amanhã o Curíntia ressuscita o Galo!

Olhando o palmeirense de esguelha, misturando desprezo com impaciência, Moitinha devolveu:

– Perder pro Diego Souza e pro Fábio Costa? Nem morto!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fina estampa


O problema em ter o Tiririca no Congresso Nacional não é ele em si, o que ele fará, em que ele votará, com qual grupo político se misturará - piores do que ele deve ter um monte por lá já. O problema em ter o Tiririca no Congresso é que, pelo regimento, ele não poderá aparecer paramentado como o palhaço que é. Pois, paramentado, ele é até engraçadinho. Agora, à paisana, o cara é muito feio. O cara é feio de doer. O cara é feio pra caralho! Nem um terno de alta linhagem salva o shape dessa figura, que, insisto, é feio demais, é muito feio esse cara.