segunda-feira, 11 de junho de 2012

Você Esporte Clube

http://www.multitvcidades.com.br/play.php?video=974#titulo

Eis o terceiro dos três blocos do último "Você Esporte Clube", programa semanal que eu e Cláudio Osti estamos apresentando já há umas cinco semanas na MultiTv Cidades, canal 20 da NET em Londrina. Tentamos mesclar assuntos sérios com algumas presepadas. Neste vídeo, por exemplo, não poderia ter deixado de mandar um grande abraço ao Marcelinho Carioca, cujo pênalti desperdiçado na semifinal da Libertadores de 2000, diante de São Marcos, completou 12 anos dia 6 de junho. O restante dos vídeos (deste e dos outros programas) está no site da emissora, multitvcidades.com.br. Veja, critique - mas pegue leve, please, porque o mané aqui, em termos de tevê, é marinheiro de primeira viagem.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Todo ano é o mesmo crime. Basta!



Imagino que exista algum regime político em atividade – Sudão, Iêmen, Coréia do Norte, Haiti, sei lá – que puna severamente o tipo de abuso que todo ano é cometido em plena luz do dia pelo consórcio Fischer-Tizziotti em Guará, interior de São Paulo. Não é possível que, mesmo no democrático Estado brasileiro, inexista algum capítulo ou mesmo um mísero artigo – ainda que dependa de regulamentação – capaz de ao menos refrear o ímpeto anticristão dessa gente que tem a pachorra de cozinhar para seus 13 membros o equivalente, em comida, para se satisfazer um batalhão de lenhadores.

Hoje, por exemplo. Não obstante os alertas de sempre para o evidente exagero, a Ciló preparou um pernil de porco gigantesco – quatro quilos, numa estimativa modesta – e quatro frangos caipiras que ocuparam, das oito da manhã à uma da tarde, três bocas do fogão de lenha da dona Zizinha, cujos 92 anos não impedem que a faça cúmplice desse estrago jurídico-gastronômico. Meu pai garante que, civilizadamente servidos, apenas os quatro frangos, acompanhados de arroz branco e salada de tomate, satisfariam 30 pessoas.

O problema não se resume somente à quantidade sem noção. A questão mais grave é a absoluta falta de originalidade, o que poderia suscitar o enquadramento em mais de um artigo que tipifique esse tipo de crime. Todo primeiro dia de ano é a mesma coisa: pernil de porco assado, frango caipira em molho, arroz branco, feijão, lasanha, polenta, cerveja, refrigerante e, para sobremesa, bolo gelado e picolé da Vila Vitória. O primeiro almoço de 2012, em razão de condicionantes factuais, trouxe agravantes de balançar a toga até de catedráticos ministros do STF: milho verde em três versões – cozido, refogado e espigas na brasa – e um musse presenteado pela Juliana.

Isso tudo para que José, Ciló, João Luís, Maura, João Batista, Vera, Rogério, Zenrique, Emerson, Mônica, Evelyn e Leandro ficassem – antes, durante e depois da refestelança – batendo papo e dando altas gargalhadas, num claro acinte à sobriedade com que cidadãos decentes deveriam receber o ano que se inicia. Não é possível que esse povo continue agindo assim impunemente. Não é possível!