Bem, meu Palmeiras levou um baile do Náutico, mas seus adversários diretos pelo título também andam tropeçando mais que bêbado na subida, e a derrota no Recife só provou que não há um time que presta nesse campeonato, e que o São Paulo ganhou as três últimas edições porque era caolho em terra de cego, porque o Palmeiras deve ganhar esse Brasileirão, mas daquele jeito, aos trancos e barrancos. Nada contra o perde-e-ganha, porque deixa a disputa mais emocionante, acirrada, mas um campeão de verdade deveria ganhar do São Paulo (o que o Palmeiras não fez), do Inter (o que o Palmeiras não fez), do Atlético-MG (o que o Palmeiras não fez) ou, pelo menos, passar com facilidade por Avaí (o que o Palmeiras não fez), Náutico (o que o Palmeiras não fez). Verdade que, historicamente, o time de Palestra Itália gosta mais dos confrontos com os grandes que contra os pequenos, mas perder quatro pontos assim, empatando em casa com o Avaí e levando uma sova do Náutico, é de doer. O que deixa o palmeirense relativamente tranquilo é que ninguém está ganhando de ninguém, nenhuma equipe está despontando a ponto de... Ops! Peralá! Tem, sim. E é bom tomar cuidado com ela. Se São Paulo, Inter, Galo e Goiás não chegam a assustar, há uma equipe que vem ensaiando, sim senhor, uma reação, mas que, por sua posição na tabela, ainda não despertou temores, mas é bom esse Parmera abrir o olho se quiser o título, e os demais se quiserem se garantir na Libertadores, porque tem um tal de Flamengo vindo aí. Faltando nove rodadas, o Palmeiras poderia se considerar tranquilo, se o campeonato ficasse assim, nesse perde-e-ganha até o fim, mas o perigo vem do combalido futebol carioca e responde pelo nome de um time que, quando engrena, é difícil de ser parado. Senão, vejamos: enquanto o pelotão da frente coleciona vitórias e derrotas como quem troca de roupa, o Flamengo, nas últimas seis rodadas, conquistou 14 pontos, numa série de causar inveja. Vamos lá: 3 a 0 no Sport, 3 a 0 no Coritiba, daí segurou um 0 a 0 com o Inter lá, meteu 2 a 0 no Fluminense (clássico regional é sempre complicado), arrancou um 3 a 3 do sempre encardido Vitória no Barradão e, no sábado, virou para cima do São Paulo, muito embora tenha sido beneficiado por um pênalti mandraque e uma segunda cobrança mais mandraque ainda. Mas, enfim, está arrumadinho, está com sorte e vem atropelando. O grande desafio rubronegro está, coincidentemente, na próxima rodada: pega o Palmeiras no Palestra. Se não capitular frente ao líder, terá aberto então uma nova via de caça ao primeiro colocado. Se vencer, entra definitivamente na briga pelo título - eu diria até com um certo favoritismo, porque imaginem um time de massa como ele, após uma eventual vitória no Parque Antártica, jogando o restante do torneio com o Maraca lotado e ensandecido. Na minha opinião, diante do baixo nível geral desse campeonato, é o único que pode ameaçar o pentacampeonato alviverde. E tudo está, na verdade, nas mãos do Palmeiras. Palmeiras x Flamengo, domingo que vem, vai dizer quem, de fato, tem garrafa vazia para vender. É depois desse pega que o palmeirense ou vai dormir tranquilo ou vai ganhar um milhão de moscas zunindo na orelha.
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Tudo bem que o pênalti foi mandraque, que Ceni pegou a primeira cobrança na moral, mas convenhamos, temos de tirar o chapéu para o tal de Petkovic: naquela pressão infernal, após uma cobrança pífia, bater de novo como ele bateu, aquela deixadinha no meio do gol, é pra cabra macho. Vendo aquela cobrança, me lembrei de quem "inaugurou" essa cobrança displicente, abusada, prepotente até. Foi Djalminha, pelo Palmeiras, não sei se naquele time de 1996 que estabeleceu a melhor campanha da história do Paulistão ou no Brasileirão do ano seguinte. Lembro que, na sequência, Marcelinho Carioca fez o mesmo. Daí me ocorreu que Djalminha e Marcelinho são contemporâneos da mesma safra de revelações flamenguistas e que, junto com Paulo Nunes, debandaram do Flamengo depois que Renato Gaúcho, já veterano e bonzão da boca, arrumou treta com os moleques da Gávea. Djalminha, então, foi para o Guarani - onde fez parceria com Amoroso e Luizão - e depois para o Palmeiras e daí para a Europa. Marcelinho foi para o Corinthians e tornou-se o maior ídolo da história corintiana - o que não é pouco. Paulo Nunes foi campeão da Libertadores pelo Grêmio e pelo Palmeiras, sempre com Felipão. Que prejuízo deu esse Renato Gaúcho, hein, Flamengo?
Eu, como boa flamenguista que sou, tenho a dizer que a gente conversa depois do jogo. Nos aguarde!
ResponderExcluirTô esperando um belo post em que você, humildemente, reconheça que somos melhores. Vamos lá, Fischer! Força! Você consegue.....ahhaahahaha
ResponderExcluirBem, olhando o jogo de ontem, talvez você tenha razão. Mas, olhando a tabela, me parece que você anda meio apressadinha, Polaca.
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