domingo, 18 de setembro de 2011

Dorflex FC


(Publicado neste domingo 18/9 no Jornal de Londrina)

Numa semana em que anunciaram o fim da Recopa Sul Brasileira – o que deixa o Tubarão definitivamente sem calendário no restante do ano – e a dolorida ausência do time de basquete do próximo campeonato da NBB, a única coisa que salvou a lavoura foi a lambreta do Leandro Damião em cima do zagueiro argentino na Superpelada das Américas, quarta-feira, em Córdoba.

Aquela foi de doer. Para o zagueiro argentino, é claro, que, aliás, chama-se... Papa! Deve ter sido a primeira vez que se viu um papa enfezado em público. Emiliano Papa ao menos foi espirituoso. Depois da partida, sobre o que pensava do drible sofrido, disse que primeiro mataria Damião; depois, o aplaudiria.

Dor pra lá, dor pra cá, Bracciola se lembrou do time de coroas que, na década de 90, desfilou seu talento por alguns campos dessa cidade. Depois de arrancar um empate heróico no campo do Santa Mônica e, surpreendemente, ter vencido um time de moleques à noite no esburacado campinho da Vila Brasil, o catadão sucumbiu, em casa, diante de uns malacos que contavam até com um ex-profissional do LEC.

Já no bar, após o jogo duramente disputado, todo mundo reclamava de dores pelo corpo, até que veio à tona um assunto antigo: com qual nome batizariam o time, que já contava com um cartel respeitável. Diante daquele bando de meia-idade enfaixando tornozelos, esparramando merthiolate e distribuindo gelol, alguém matou a charada:

– Dorflex Futebol Clube!

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