terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desculpa aí

(Tungado total do blog do Juca Kfouri; até a foto. Leitura indicada a corintianos obtusos e são-paulinos empedernidos)





Por ROBERTO VIEIRA


7 de setembro de 1965.
O primeiro baile do Mineirão.
O Mineirão inaugurado dois dias antes.
Um baile heterodoxo.
Baile da seleção brasileira diante dos uruguaios.
A multidão aplaude a equipe verde-amarela.
Seleção que normalmente jogava apenas de verde.
A Seleção da Academia.
Pois a seleção brasileira era o time do Palmeiras.
Ironicamente dirigido por um estrangeiro:
O argentino Filpo Nuñes.
Único estrangeiro a dirigir a seleção brasileira.
Os celestes não traziam suas estrelas.
O jovem Pedro Rocha estava de fora.
Cubillas também.
Mas o antigo Palestra trazia uma constelação.
Djalma Santos.
Djalma Dias.
Ademir da Guia.
Rinaldo, o moço de Jurema.
Palmeiras que trazia Julinho Botelho.
Julinho em seu último espetáculo pela seleção.
O jogo foi 3 a 0.
Poderia ter sido de cinco, seis, sete.
Cincunegui, futuro jogador do Atlético-MG e do Náutico.
Não viu a cor da bola.
O arqueiro Taibo foi trocado por Fogni.
Quem sabe o desastre maior seria evitado?
Mas Rinaldo, Tupãzinho e Germano não permitiram.
Um ano depois, a seleção brasileira naufragava na Inglaterra.
Com os uruguaios se perguntando na distancia:
Por que não trouxeram a Academia?

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