Neste momento em que a cidade aposta na área da Tecnologia de Informações, com empresas investindo no desenvolvimento de softwares, muitos nem imaginam que Londrina esteve muito perto de atrair, na década de 70, o homem que revolucionou a informática.
Antes de mais nada, é preciso saber que Bill é diminutivo de William, assim como Joe é de Joseph ou Zé é de José.
Quem conta a história é Abílio Wolff Júnior, empresário de 72 anos, radicado em Londrina desde os três. Na segunda metade do século passado, Abílio dirigiu a Exactus, empresa que atualmente produz software para gestão empresarial e contábil. A empresa está presente em 150 cidades, com 17 mil usuários.
Mas, décadas atrás, ela já era grande. E, por estar trabalhando nesta área, Wolff, conhecido do então deputado Alencar Furtado, e assessora pelo ex-deputado Hélio Duque, fez uma denúncia à CPI das Multinacionais, sobre a situação da informática no Brasil.
“A relação entre usuários e fornecedores era uma coisa de louco. Prestávamos serviços em computação aqui, mas, se precisássemos de assistência técnica, só no Rio Grande do Sul. As regras e os contratos eram leoninos. Tudo isso tinha de ser discutido.”
Abílio conta que a denúncia feita à CPI chamou a atenção da imprensa nacional e internacional. “Todo mundo queria falar comigo. Cheguei a ficar assustado.”
No Rio de Janeiro, ele teve um encontro com Pepe Guerra, então gerente geral da IBM para a América Latina. Para conversar com Abílio, o executivo fechou uma das boates mais famosas do Rio, a Night & Day, no hotel Serrador, onde hoje funciona a Petrobrás.
Papo vai, papo vem, superados os principais assuntos em pauta no Congresso, a conversa bandeou para a microcomputação. Entre gente ligada à área, já se falava na possibilidade de a indústria avançar para a produção de computadores de pequeno porte – os atuais PCs.
Foi então que, segundo Abílio, o chefão da IBM – líder mundial no mercado de grandes computadores – disse que a empresa não via esse segmento como promissor, tanto que fazia pouco tempo demitira “o menino” que cuidava dessa área, inclusive permitindo que ele levasse tudo o que havia criado em microsoft.
No retorno do Rio, Abílio narrou a conversa com Guerra aos demais diretores da Exactus e sugeriu que se investisse numa viagem por EUA, Canadá e Europa para assuntar novidades na área. E propôs até que procurassem o garoto dispensado pela gigante IBM.
A ideia era a de expor ao “garoto” a precariedade na captação de dados e na introdução deles nos equipamentos da época para processamento – justamente a área de atuação de William Gates. “Dispúnhamos, aqui, de um manancial de clientes que poderia ser, para ele, um grande laboratório para aplicação de seus projetos”, diz Abílio.
A reação geral foi de descrédito, com o argumento de que a empresa estava em franco progresso e, afinal, se a própria IBM não apostou no desenvolvimento daquela área, por que a Exactus apostaria?
Nos anos 90, com a Microsoft já despontando como uma das maiores empresas do mundo, em reunião com Fernando Mitre, sucessor de Pepe Guerra, Abílio pergunta o que o tal William Gates tinha a ver com o já então projetado e reconhecido Bill Gates. “É o próprio!”, respondeu Mitre, laconicamente.
“Quem sabe se todo esse império que o Bill Gates montou não poderia estar aqui no Brasil, e ter nascido e crescido a partir de Londrina?”, pergunta Abílio, referindo-se ao homem cuja fortuna pessoal é de US$ 53 bilhões, segundo a revista Forbes – e seria mais do que o dobro disso, não fossem as doações bilionárias feitas com cerca freqüência por William Henry Gates III.
Antes de mais nada, é preciso saber que Bill é diminutivo de William, assim como Joe é de Joseph ou Zé é de José.
Quem conta a história é Abílio Wolff Júnior, empresário de 72 anos, radicado em Londrina desde os três. Na segunda metade do século passado, Abílio dirigiu a Exactus, empresa que atualmente produz software para gestão empresarial e contábil. A empresa está presente em 150 cidades, com 17 mil usuários.
Mas, décadas atrás, ela já era grande. E, por estar trabalhando nesta área, Wolff, conhecido do então deputado Alencar Furtado, e assessora pelo ex-deputado Hélio Duque, fez uma denúncia à CPI das Multinacionais, sobre a situação da informática no Brasil.
“A relação entre usuários e fornecedores era uma coisa de louco. Prestávamos serviços em computação aqui, mas, se precisássemos de assistência técnica, só no Rio Grande do Sul. As regras e os contratos eram leoninos. Tudo isso tinha de ser discutido.”
Abílio conta que a denúncia feita à CPI chamou a atenção da imprensa nacional e internacional. “Todo mundo queria falar comigo. Cheguei a ficar assustado.”
No Rio de Janeiro, ele teve um encontro com Pepe Guerra, então gerente geral da IBM para a América Latina. Para conversar com Abílio, o executivo fechou uma das boates mais famosas do Rio, a Night & Day, no hotel Serrador, onde hoje funciona a Petrobrás.
Papo vai, papo vem, superados os principais assuntos em pauta no Congresso, a conversa bandeou para a microcomputação. Entre gente ligada à área, já se falava na possibilidade de a indústria avançar para a produção de computadores de pequeno porte – os atuais PCs.
Foi então que, segundo Abílio, o chefão da IBM – líder mundial no mercado de grandes computadores – disse que a empresa não via esse segmento como promissor, tanto que fazia pouco tempo demitira “o menino” que cuidava dessa área, inclusive permitindo que ele levasse tudo o que havia criado em microsoft.
No retorno do Rio, Abílio narrou a conversa com Guerra aos demais diretores da Exactus e sugeriu que se investisse numa viagem por EUA, Canadá e Europa para assuntar novidades na área. E propôs até que procurassem o garoto dispensado pela gigante IBM.
A ideia era a de expor ao “garoto” a precariedade na captação de dados e na introdução deles nos equipamentos da época para processamento – justamente a área de atuação de William Gates. “Dispúnhamos, aqui, de um manancial de clientes que poderia ser, para ele, um grande laboratório para aplicação de seus projetos”, diz Abílio.
A reação geral foi de descrédito, com o argumento de que a empresa estava em franco progresso e, afinal, se a própria IBM não apostou no desenvolvimento daquela área, por que a Exactus apostaria?
Nos anos 90, com a Microsoft já despontando como uma das maiores empresas do mundo, em reunião com Fernando Mitre, sucessor de Pepe Guerra, Abílio pergunta o que o tal William Gates tinha a ver com o já então projetado e reconhecido Bill Gates. “É o próprio!”, respondeu Mitre, laconicamente.
“Quem sabe se todo esse império que o Bill Gates montou não poderia estar aqui no Brasil, e ter nascido e crescido a partir de Londrina?”, pergunta Abílio, referindo-se ao homem cuja fortuna pessoal é de US$ 53 bilhões, segundo a revista Forbes – e seria mais do que o dobro disso, não fossem as doações bilionárias feitas com cerca freqüência por William Henry Gates III.
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