quarta-feira, 9 de março de 2011

Na bronca

(Publicado nesta quarta-feira 09/03 no Jornal de Londrina)


Nossos diabinhos elegeram programas diferentes para este Carnaval. O são-paulino Luís César quis matar as saudades do apartamento da família em Camboriú e apostou num feriadão ensolarado no litoral catarinense. O corintiano Moitinha há dias tinha resolvido que ficaria enfurnado nos botecos do Jardim do Sol e do Santa Rita, com saudade das piadas do Jair Gazolli.

Já o palmeirense Bracciola puxou o carro para São Paulo. Mesmo sabendo do desfalque anunciado do Gladiador, encasquetou de ver Palmeiras x Santo André. Ao vivo.

Sabendo que um antigo amigo estaria em Buenos Aires, esparramou-se no apartamento dele, na praça Benedito Calixto, em Pinheiros, pertinho – em termos paulistanos, claro – do Pacaembu, onde veria Valdivia em ação e, no dia seguinte, cumpriria algo que planejara há tempos: visitar o Museu do Futebol.

No sábado, encarou a chuva fina da Paulicéia, morreu com quarentão num ingresso e explodiu de raiva ao entrar no estádio e ser informado de que o Mago não jogaria. Engoliu a decepção e sofreu com a ruindade do time, que não saiu do 0 a 0.

– Se depender desse Michael Jackson, tamo morto.

No domingo, subiu a Teodoro a pé e caiu na praça Charles Miller. Pagou seis pilas e fez todo o percurso possível dentro do museu. Encantou-se com a coleção de objetos fotografados, com os modernosos painéis suspensos em homenagem aos craques que reinventaram o futebol-arte, curtiu a histórias das Copas e as imagens virtuais de todas as torcidas sob as arquibancadas reais do mais romântico estádio paulista.

Ouviu gravações selecionadas de Fiori Gigliotti e Osmar Santos. Reviu, nas cabines de imagem, o gol de Ivair contra o Corinthians em 1993. Já na última sala, divertiu-se com o fichário gigante dos times brasileiros. Deliciava-se com a extensa ficha do Verdão quando viu, de esguelha, a do Londrina Esporte Clube.

E o humor, que já não estava aquelas coisas por causa do tropeço de sábado, degringolou de vez quando leu lá que o Estádio do Café tem capacidade para 25 mil pessoas. Pô, 25 mil? Só?

Ficou de voltar lá e protocolar uma reclamação em três vias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário