segunda-feira, 17 de outubro de 2011
O avesso do avesso
Tem gente que tem competência para colocar as coisas do avesso. É ou não é? O moleque que nunca viu um troço desses - como nessa charge que vi agora no Feice - não poderia pensar outra coisa. E pensar que redigi muita matéria em máquina de escrever. A que eu usei na Folha de Londrina está em casa. Uma Lexikon 80 verde, que passou por uma sessão completa na loja do Ninho (Centro Comercial) e está plastificada no balcão da cozinha, à espera de que eu compre móveis decentes e a instale num local definitivo. Estaria totalmente protegida em seu invólucro, não fosse um fura-bolo impertinente do Giovanni, que rasgou o plástico no setor sudoeste. Se fosse o mapa do Paraná, o furo sinalizaria Pato Branco, Palmas, por ali. E o piá do Marião ainda sentou o dedo no meio das teclas 3 e 4. As teclas encavalaram e assim ficaram, porque não há como enfiar o dedo pelo vão de cima para desencavalá-las. Se tivesse puxado para o Corinthians, como o pai, levaria uns petelecos, mas, como é Tubarão, decidi relevar. Quando a Folha informatizou a Redação, em 1992, se não me engano, eu, com 25, 26 anos, fiquei tão assustado quanto o Jota Oliveira, o Stélio. Que coisa absolutamente non sense para os dias de hoje: aprendemos o que é cursor, quantas vezes clicar para abrir um arquivo, como fazer para salvar o texto a cada uma ou duas linhas redigidas a fim de evitar que cometêssemos um erro e perdêssemos o texto. O básico do básico do básico, que já veio no chip dos que nasceram, sei lá, de 1995 para cá. Até funcionaria, a minha bichinha, se houvesse laudas. Claro, não dá para colocar um sulfite qualquer e teclar. Para operá-la, deve-se usar laudas, obrigatoriamente. De 20 linhas e 1.440 toques. Brancas como comandos pretos, como as da Folha. Ou com comandos verdes, como as da UEL. Assim manda o Código de Ética dos Jornalistas Já Quarentões e Ranzinzas. Fechado?
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