sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quinze anos


Vale o chavão: parece que foi ontem que ela nasceu; no último dia 27, fez 15 anos. Natália está à direita na foto com colegas. Lembro bem quando a Cris chegou à Redação da Folha com o exame. Não quis abrir sozinha. Interfonou da portaria, eu desci e fomos à esquina da Rio de Janeiro com Piauí para abrir o envelope. Naquele exato momento, atravessou a rua Adriano Garib, que ainda não tinha ido pro Rio de Janeiro trabalhar como ator em cinema, teatro e TV. Adriano foi logo nos cumprimentando efusivamente, com aquele sorriso que lhe é peculiar. Retribuímos, mas procuramos ser rápidos porque o exame estava queimando nas nossas mãos. E deu positivo. Cris estava grávida. Teve uma gestação relativamente tranquila. Às oito horas da manhã de 27 de maio de 1996, uma segunda-feira, levantou da cama para fazer xixi. Lá da patente disse que havia algo estranho. Algo descera junto. Ligamos para o médico, acho. Era a bolsa, estourando. Em meia hora, estávamos no Hospital Evangélico. Logo depois Natália nasceu. Parto normal. Peguei o telefone público do corredor do hospital e liguei para minha mãe. Depois do "oi, mãe" não consegui falar mais nada. Só chorava. Compulsivamente. Com soluços. É uma emoção absolutamente única, ímpar, inigualável, indescritível e mais meio dicionário aí. Ficamos no quarto ao lado onde Amanda, filha de Benê e Apolo, havia semanas era tratada dum troço que até hoje não se sabe o que foi. Ficou meses hospitalizada, algumas vezes muito próxima do pior. Mas do jeito que adoeceu, sarou. Hoje é uma bela advogada de vinte e poucos anos. Cris engravidou concomitantemente a duas colegas minhas da Folha, Adriana de Cunto e Célia Musilli. Célia teve gêmeos. Natália nasceu na semana em que o Palmeiras conquistou o título paulista com a melhor campanha da história do campeonato. Tenho foto dela com pijaminha verde-branco, presenteado pelo bambi Claudio Osti. Quando ela e a Cris se mudaram para Ibitinga, Natália deu uma bandeada pro Tricolor, certamente influenciada pela mãe. Adolescente, virou corintiana. Na Semana Santa entreguei a ela uma blusinha - argh! - do Corinthians gentilmente presenteada pela mulher do Toninho, um amigo comum de infância que eu e meu irmão visitamos em São Paulo no Carnaval. Mandei a foto acima a alguns amigos. Dirceu Herrero, de Maringá, respondeu oferecendo o endereço de um fabricante de bazuca no Rio de Janeiro, onde ele encomendou a dele, para espantar os gaviões que rondam a Marília. Armando Duarte Júnior, exercitando a descendência libanesa de dona Azize, propôs racharmos a conta de uma espingarda esparramadeira, da qual ele necessitará duplamente em breve. Há mais de ano Natália namora o Juninho, um garoto de 17 anos cujo nome é o mesmo do meu pai, José Moacyr. Já a Carla Sehn viu na foto o jeitão de uma garota criada no interior, sossegada, porém esperta. É tudo o que eu sonho.

2 comentários:

  1. Rogê, ela tá linda demais!!! Parabéns!! beijos
    carina

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  2. Você tá perdoado, por justa causa, de qualquer excesso de corujice. Ela é linda mesmo.

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