sexta-feira, 2 de abril de 2010

Osmaníaco, 50



A preparação para a festa "Eu sei o que você fez em 1984", que começa nesta sexta e vai até domingo no Cemitério de Automóveis, em Londrina, teve um aquecimento-monstro na quarta. Osmani Costa, ilustre cidadão de Campos Novos Paulista, aluno e agora professor da UEL, fez cinquentinha e convidou 50 amigos - lista que tive o mó orgulho de integrar. É um privilégio fazer parte dessa lista, assim como é um privilégio tirar uma foto ao lado de dois Osmanis - o original, à esquerda, fazendo positivo, e o cover, ao centro, com um copo de cerveja. Assim como é um privilégio dividir o espaço, sempre, com Zé Ganchão e Vivian, o primeiro casal da foto de cima, onde está também o casal Janice-Osmani. De todos, Janice é a única não-jornalista. Gancho, com quem trabalhei poucas semanas no extinto Paraná Norte, em 1987, e Osmani, a quem tive a honra de resgatar para a Folha de Londrina, como editor de Local, na década de 90, são mais que dois amigos. São, para mim, referência de profissionalismo e seriedade e, pra não usar o desgastado termo ética, de vergonha na cara. A festa do Osmaníaco foi no Estação, lugar chique que empreendedores montaram num antigo barracão de café na Rua Paraíba, onde morei nos meus primeiros seis anos de Londrina. A Paraíba, em 1984, terminava, na prática, na Mossoró. Da Mossoró até a desativada linha do trem, hoje Leste-Oeste, restavam uns poucos quarteirões tomados pelos barracões que então recebiam mais algodão do que café. Lá ficava o lendário Hotel Paraíba, onde pulularam, durante décadas, pulgas, baratas, putas e bêbados de todos os calibres. Nem nós, estudantes duros e destemidos, tínhamos coragem de frequentá-lo. Para lá ia boa parte dos sem-noção que pouco antes haviam passado pelo Nanico ou pelo Sereno, ou simplesmente tinham abraçado a primeira princesa das muitas que faziam ponto ao longo da Quintino e que cobravam deilão por 40 minutos de puro amor. De lá para cá, a Paraíba ganhou um edifício - onde morou Aurelinho Albano - e empreendimentos comerciais de primeira linha como o Estação e o Empório Guimarães, que deram outro aspecto àquele pedaço que era uma verdadeira boca-de-porco.






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