terça-feira, 8 de setembro de 2009
No papel, um senhor time
Estão vendo a foto ali embaixo? Não a do Maradona e do Tevez se beijando - realmente, tem coisa que não tem preço - mas a da Seleção Brasileira de 1990. Observem bem o time e digam se não é um timão. É que anos atrás, em Maringá, eu disse que, apesar do resultado pífio naquele Mundial, e da raiva que nutrimos até hoje do Lazaroni, considero aquela equipe, "no papel", para usar um velho jargão, uma das melhores de todos os tempos. É fácil colocar as equipes que ganharam Copas acima daquela, pois elas vêm com o título no bolso. Difícil é dizer que uma seleção que fracassou pode, sim, estar, pelo menos em termos de escalação, entre as melhores. E fui ridicularizado por uns idiotas da objetividade quando disse isso em Maringá. E insisto. Senão, vejamos. O time de 1990, o da foto aí embaixo, tinha Taffarel no gol; Ricardo Rocha, Maurão Galvão e Ricardo Gomes na zaga (sim, Lazaroni jogava no 3-5-2); Jorginho e Branco nas alas; Dunga e Alemão como volantes; Valdo como meia-armador; Muller e Careca no ataque. É mole? Alguma restrição em relação a Taffarel? Algo a dizer sobre os alas? Alguma crítica sobre a zaga (que zaga, hein?!?); Dunga era o capitão. Valdo comia a bola no Grêmio. Muller, nem se fala. E Alemão e Careca simplesmente jogavam com Maradona no Napoli. Muito melhor que o time de 94, pô. Para ficar em uma só comparação. Digo e reafirmo: no papel, era uma baita seleção, a de 90. Ah, na reserva tínhamos, entre outros, Silas, Renato Gaúcho e Romário. E, se não me engano, Bebeto. Tínhamos, também, uma montanha de problemas extra-campo. Fomos eliminados pela Argentina, porque não conseguimos fazer um gol - tivemos várias chances - e deixamos Maradona fazer uma única jogada. Mas, como diz meu amigo Bruka, naquela época ninguém, no mundo, parava Maradona. Entonces... Phoda-se a objetividade.
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