quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Histórias de pescador


Nas vésperas do fim das férias, levei a Natália e a Verônica, amiga dela aqui em Guará, para dormir no sítio. Tão logo ficou sabendo, Diomedes, padrinho da Verônica, cujo sítio fica a 600 metros do nosso, nos convidou para jantar lá. Rumamos pra lá no final da tarde. Ato contínuo, fomos pra represa, pescar. Pescar uma ova; a expressão correta é recolher peixes. A represa do Diô tá abarrotada de tilápias e patingas, que ele cria pra vender. Basta aproximar o anzol - com ou sem isca - da água e fiscar o primeiro incauto. Em poucos minutos, tiramos 14 quilos de peixe, que foram limpados, cortados e temperados pelo Diô e pelo filho dele, Danilo, como mostra a imagem acima. Pescamos de cima do girau - agora de concreto, depois que o antigo, de mandeira, despencou com o Diô, a Verônica e a Natália, dois anos atrás; foi todo mundo pra água. No fim, o Diô intimou minha mãe (irmã dele) e meu pai para irem jantar conosco. Mikol, mulher do Danilo, preparou fritadas homéricas de peixe e um panelão de frango caipira com polenta. As antárcticas do Diô já estavam tremendo de frio na geladeira desde o início da tarde. Bem, o resto é fácil de imaginar: aquela comilança dos diabos. Na manhã do dia seguinte, além de uma cesta de mangas bourbons que apanhei de um pé que preservou os frutos mais do que os outros por ter ficado na sombra do canavial, ganhei do Diô um quarto de leitoa, que certamente fará a festa de uns saláfrios na casa do Poka ou do Apolo Mário. Ah, e levo também o que sobrou da peixada, tudo cortadinho, bastando temperar, jogar na farinha de trigo (misturada com fubá, segundo ordenou minha mãe) e depois no óleo quente.

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