terça-feira, 21 de julho de 2009

A molecada em campo



A Copa Brasil de Futebol Sub-15, para a qual estou fazendo assessoria de imprensa, encerra a primeira fase nesta quarta. Na quinta, folga. Na sexta, quartas-de-final. No sábado, semi. No domingo, decisão. Se pudesse, iria de novo a Prudente ver Corinthians x Palmeiras. Fui lá no primeiro semestre, ver o Gordo derrubar o alambrado. Gostaria muito de ver esse novo jogo. Mas não dá. Estarei trabalhando.

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A Copa Sub-15 está sendo realizada em Londrina e três cidades da região: Tamarana, Rolândia e Bela Vista do Paraíso. Cada uma sedia um grupo. Vi as duas primeiras rodadas em Londrina e Tamarana, e a terceira em Bela Vista (quem quiser conferir os participantes, os resultados, textos dos jogos, fotos etc, pode acessar www.copabrasilsub15.com.br). Vão algumas observações.

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Pode ser que exista alguma exceção, mas, pelo que eu vi até agora, todo mundo – atletas, dirigentes, comissão técnica – fala carioquês. Todo mundo! Seja carioca, paulista, mineiro, nordestino... Parece ser proibido, vergonhoso, vexatório, falar com o sotaque da terra. O carioquês é o sotaque oficial do mundo do futebol. Teria mais a ver com influência futebolística do Rio ou com malandragem?

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Outra mania, essa da garotada: chamar, além do treinador, também o árbitro de professor. É professor pra cá, professor pra lá. No caso dos não-cariocas, professô, eliminando o erre, para não confessar o sotaque caipira. Sai um “o” seco no final, engolindo o “r” – uma coisa horrível.

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De um estádio a outro, encontro velhos conhecidos. No VGD, cruzei com Aliomar Mansano, o lendário Ticão, olheiro que deixou muita gente com o burro na sombra. Trabalhou no Londrina, no Cruzeiro, no PSTC. Em Tamarana, reconheci Júlio César, goleiro que Ticão trouxe do Corinthians para o Londrina, em meados da década passada. Júlio agora é preparador de goleiros da base do Timão. Excelente caráter.

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Dos jogos que vi, dá pra selecionar alguns destaques. O Cruzeiro foi o que mais me impressionou. O time todo é bom, e bem treinado. Mas tem um lateralzinho, Hugo, que é bão demais. Aliás, ala, porque ataca sempre. Tem fundamento, o garoto: passe, cruzamento, posicionamento, impulsão, domínio.

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Do meu Palmeiras, gostei do segundo volante Alan, que combate e sabe sair jogando, e chuta com as duas, e o goleiro Bruno, que transmite segurança. O garoto, quando sai pra decidir, decide. O Marcão podia ficar mais uns três anos na equipe principal, até esse garoto subir, porque o Bruno que está hoje na reserva eu não engulo desde aquele jogo em Prudente, quando ele ficou plantado e permitiu ao Gordo empatar o jogo e depois derrubar o alambrado.

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No Grêmio, tem um centroavante rompedor chamado Antônio. O nome que está na ficha é Antônio. Fiquei aguardando alguém chamá-lo pelo apelido, mas, incrível, todos o chamam de Antônio mesmo. Incrível como ele ainda não pegou apelido. O cara parte para cima dos zagueiros e... passa. E vai passando, um por um. Não tem medo de botinada. É do tipo de atacante que toda defesa gostaria de ter.

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A foto acima, de Tatiana Guimarães, mostra um lance de Grêmio x Legião. O Grêmio, que ganhou duas das sete edições da Copa, socou cinco no time de Brasília. O Legião é, sim, uma homenagem à banda. O fundador é amigo de Renato Russo e pediu permissão à mãe do roqueiro, que concedeu. Dona Carminha virou madrinha da equipe.

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