Definitivamente, o futebol tem mais mistérios do que sonha a nossa vã filosofia. A psicologia desse jogo transcende os bancos universitários. Como explicar o comportamento do Cruzeiro ontem, depois de ter marcado o gol? Como explicar o Estudiantes ter virado aquele jogo? Ao abrir o marcador, parece que o Cruzeiro sofreu um descarrego de energia. Era como se tivesse mentalizado que precisava de um gol. E fez. Só que fez muito cedo. E o gol de Henrique, em vez de acender de vez a equipe, que jogava em seu estádio, parece que sugou as energias do Cruzeiro, que vendeu muito barato o gol de empate e tanto quanto o segundo gol argentino. Foi a quarta conquista do Estudiantes na Libertadores. Antes, o time de La Plata tinha sido tricampeão seguido, em 1968-69-70. Essa série foi iniciada em cima do Palmeiras, que disputava, em 68, sua segunda final de Libertadores. O Verdão já havia decidido a segunda edição da Copa, em 61, contra o Penarol. Em 68, o Estudiantes tinha em campo Carlos Billardo, que dirigiu a Argentina na conquista de 78. Dizem que Billardo entrou em campo com um alfinete e ficava caçando Ademir da Guia para furá-lo. Parece que funcionou. Que a derrota do Cruzeiro pelo menos sirva para que Kleber, o Gladiador, mantenha acesa a vontade de vencer a Libertadores, e faça isso de volta ao Palmeiras, ano que vem, quando teremos, mais uma vez, a missão de parar o Corinthians no ano de seu centenário. Pelo jeito, quem terá de entrar com alfinete agora somos nós, para furar a pança do Gordo! Não vai ser fácil, não vai ser fácil...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Olá, Fischer, Cabeça de Calau da Capoeira, Calau está entre peru e galinha. Tudo bem, vi seu artigo hoje no Hoje.
ResponderExcluirAté, Donizete Oliveira.