terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Terça-feira...

(ATUALIZADO)
Ao que parece, será um final de ano chuvoso por estas bandas. Desde ontem, uma frente fria estacionou por aqui. Chove a cada 20 minutos. Para, faz um solzinho e o céu desaba de novo. Pior é quando fica aquela garoinha, aquela chuvinha de molhar bobo, que não te deixa ir na esquina. O que aconteceu há cinco minutos foi hilário. Olhei na janela e o sol brilhava. Pensei: "Vou arriscar, vou calçar o tênis e caminhar; faço o diário à noite". Dei o comando de desligar e, antes do computador apagar, já estava chovendo de novo. Sol com chuva, casamento de viúva. Chuva com sol, casamento de espanhol. Então tá, vamos escrever, né...


Antes de ligar o computador, estava na casa da vó - pra variar... Passo lá todo santo dia. Fico sabendo dos planos da Ciló para o almoço de Ano Novo - santo compromisso de todo ano. João Luís encomendou dois pernis, de uns quatro quilos cada. Ciló matou dois frangos hoje, mata mais dois amanhã. Isso porque estaremos, ao todo, em 12 pessoas. Enfim, aquela comilança de sempre. Frango caipira de molho, pernil assado, arroz branco, arroz temperado, polenta. E sorvete de sobremesa. *** Disse a Ciló que nunca comi frango caipira assado. Ela disse então que fará dois dos quatro assados na panela, recheados. Desculpa aí hein... Mas aqui é assim.

Antes de passar na vó, levei minha mãe pra comprar uns breguetes e, no caminho, passei na lotérica para concorrer aos 100 milhões da Mega. Fila infernal. Quando cheguei na boca do caixa, uma mulher com jeitão de louquinha me bate no ombro e pede pra passar na frente. "Vai, né?", disse. "Quem esperou uma hora espera uma hora e dez." Fiz cinco apostas: três escolhendo os números, duas surpresinhas. Se eu não aparecer em Londrina no dia 10, fiquei louco ou ganhei na loteria.
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Edna Mendes me acha no gmail e batemos papo. Está em Ribeirão Preto, no apê do namorado, Lúcio "Passageiro da Garcia" Flávio. Combinamos de nos ver no sábado, quando sigo para Ibitinga para buscar a Natália. Por e-mail, intimei Zé Luís, da EPTV, a confraternizar conosco. E tem meu primo Carlinho, que deve ceder um quarto de um de seus motéis para eu desmaiar de bêbado. Daí, acordo no domingo e sigo para Ibitinga. Essa terra é boa demais. *** Meu irmão me intima para caminharmos. Digo que o tempo não é confiável. Ele insiste. Bem, vamos nessa. Não somos de açúcar. Nem bâmbis. Aqui em casa, só porco. Chuva, lama, porco. Tá tudo certo. Vamos passar no Geraldinho do Budú e conseguir uma bola. Só caminhar e correr é um saco. Batendo uma bolinha, ajuda.
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Deu tudo certo. Não choveu mais. Trotamos em volta do campo, batemos uma bolinha, suamos um pouco. Maravilha.
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Agora de noite, durante a janta, aparece o som inconfundível do zabumba. São eles! É a folia de Reis. Estão na varanda da casa dos Moreira. Até dia 6, Dia de Reis, devem aparecer mais folias por aqui. Tem gente que gosta, abre a porta para eles. Tem gente que gosta, mas prefere ouvi-los no vizinho. Quando entram na casa, geralmente comem e bebem à vontade. Já os vi em casa, mas faz muito tempo.

De manhã, descamei uma tilápia recém-descongelada enquanto minha mãe lavava roupa. As escamas não são nada; o foda é cortar as nadadeiras. Para quem não tem muito jeito pra coisa, é um terror. Come-mo-lo agora à noite. Bão pra carai. Saiu da represa do Maurinho Takahashi. Tem outro no freezer, ao lado de um matrinchã que veio da represa do Joãozinho Bim, na Grota. Caramba, grafei inicialmente com ch, fui dar uma gulgada e tem dos dois jeitos, com ch e x, mais ou menos meio a meio. Socorro, como é que escreve matrinxã? Aurelinho, tu, que pescaste em Ayolas, tens a palavra!

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Sessão macabra: em Guará, uma garota de 21 anos matou o pai enquanto ele dormia e enterrou o corpo no quintal. Alegou que o cara a molestava. Ou tentara molestar, coisa assim. Quando voltava ontem à noite da caminhada, topei com um carro da reportagem da EPTV nos arredores da delegacia. Chegando em casa, minha mãe disse ter ouvido uma "manchete" no jornal regional da Globo, mas não vira mais nada. Deu hoje, durante o almoço. Bruka Lopes, de Echaporã, e Ivan Amorin, de Maringá, me escrevem dizendo que leram também. Tem lugar aqui que o sistema é bruto, rapá.

Um comentário:

  1. Oi Rogério,

    Como fui intimado no seu blog, dou o meu parecer sobre a matrinchã: a grafia mais usada é assim mesmo, com ‘ch’ ao invés de ‘x’. Matrinchã, inclusive, dá o nome a uma cidade do interior de Goiás, Santa Luzia de Matrinchã, que tem uns 5 mil habitantes (maior que Guará!). É assim chamada por causa do Córrego Matrinchã, que corta o município (apesar do nome não sou dicionário nem enciclopédia, só sei disso porque olhei no Google... hehehe).

    Sobre o peixe matrinchã posso falar por conta dos meus próprios conhecimentos, porque já tive o prazer de fisgar algumas em uma pescaria com o expert Ito (aquele mesmo, o japonês amigo do nosso Péricles Mortari).

    A matrinchã parece um lambarizão, mas é bem maior, chega a pesar uns 5 quilos, e é originária da Bacia Amazônica. É confundida com a piracanjuba, peixe originário do Pantanal e encontrado (cada vez mais raramente) no Paranazão.

    A matrinchã tem uma carne avermelhada (salmonada, como se diz), e fica um espetáculo assada no forno ou na grelha.

    Mas o melhor é a pescaria da dita cuja. São ótimas para pesca com iscas artificiais que imitam pequenos peixes (para quem entende do assunto, o melhor é usar os spinners).

    Elas atacam as iscas com ferocidade e, quando fisgadas, dão um salto espetacular para fora d’água, tremendo o corpo para tentar se livrar do anzol (e muitas vezes conseguem). São boas de briga, não se entregam facilmente. Para o pescador, é emoção pura!

    É isso aí.

    Grande abraço e Feliz Ano Novo para você e para toda a família!

    Aurélio

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