segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Uma surra daquelas
Cheguei atrasado de novo, só pra variar, mas desta vez foi por um bom motivo: passei na casa da Kau e da Nany e peguei os dois filhos da Nany para levar ao Moringão. O Rafa, da Kau, estava na casa da tia e perdeu essa. E lá fomos nós, eu, Vinicius e a Laura, que chamamos amorosamente de Estrupício, por causa da esperteza e da inteligência precoces. Enfim, lá fomos eu, Vini e Struppy subindo a rampa do ginásio, já ouvindo a zoeira da torcida nos primeiros minutos do primeiro quarto. No início da rampa, comprei um ingresso de um cambista por R$ 5, R$ 1 a menos que na bilheteria, e me arrependi amargamente depois que peguei o bilhete e vi estampado nele "Cortesia". Quem sai ganhando com coisas desse tipo eu não sei, mas, enfim, a cagada já estava feita e, afinal, o que valia ali era a companhia de Struppy e Vini, que, eu nem sabia, havia feito aniversário no sábado. Doze aninhos. Struppy tem 10, se não me engano, mas deixa muitas de 15 no chinelo pela perspicácia. Contra o Flamengo eu havia chegado atrasado, o time ganhou e achei que chegar atrasado era a receita para o Londrina se dar bem em quadra. Doce ilusão. Contra Franca levamos o jogo equilibrado até a metade do quarto final, quando o time de Hélio Rubens abriu seis pontos, aplicou um mata-leão e levou na boa até o fim. O adversário desta segunda à noite foi Brasília, líder do campeonato. E desta vez nem emoção deu. O time de Lula - coincidência! - abriu vantagem logo de saída e deu uma surra daquelas, com direito a piti de seus principais jogadores, entre eles o armador Nezinho, bom de bola, mas marrento como ele só. Sofreram muitas faltas técnicas, por reclamação. Foi a oitava vitória dos caras em oito rodadas. 98 a 83. O Londrina continua cometendo muitos erros infantis. Pelo visto, o time vai repetir, ao menos nessa temporada, a rotina daquele final dos anos 90, quando o time brigava sempre pelo oitavo lugar, ou seja, brigava para ir ao playoff, e a melhor ocasião foi quando pegou o Mackenzie de Oscar Schmidt, naqueles confrontos épicos e rumorosos. Bem, o basquete voltou, o público voltou a prestigiar, está provado, Londrina tem público para o basquete, que é um jogo du caralho, mas precisamos contratar um americano fodão e um ala mais canchado para dar à equipe a experiência e o estofo que estão faltando. E o técnico Lula é a cara do Lula Molusco, como bem observou o Vini. Incrível. E a Laurinha, hein, vou te falar, eita boca suja. Não fica devendo nada ao Paulinho da Bengala.
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