Além de consolidar Dunga no comando técnico, a goleada no Estádio Centenário mostrou a cara da seleção brasileira na África do Sul. Vamos lá, por setores.
GOL - É Júlio César e ponto final. Temos bons reservas também. Esqueçam Rogério Ceni e deixem São Marcos em paz.
LATERAIS - Na direita, ficaremos com esse Daniel Alves e o tal Maicon, que vão brigar pela titularidade até meados do ano que vem. É bom que um faça sombra para o outro. O ponto fraco é a esquerda. Kléber tem recebibo todas as chances do mundo, mas não deslancha. Gilberto perdeu o bonde. Juan não emplacou. Mas o jeitão de Dunga sinaliza para Kléber mesmo. Ele claramente quer dois laterais - e não dois alas. Vai de 4-4-2 puro, com dois volantões e, para isso, quer laterais mais seguros.
ZAGA - Lúcio, o intrépido e, às vezes, claudicante de sempre, protegido por um Juan espetacular. Se houver mudança, é na vaga de Lúcio e, assim mesmo, por contusão.
MEIO-DE-CAMPO - Como primeiro volante, Gilberto Silva. Temos melhores, acredito, mas gente que vive a rotina da seleção afirma que Gilberto Silva é cargo de confiança do treinador e, nesse caso, não há o que discutir. E o tal Felipe Melo vestiu bem de verdade a camisa. Tem boa saída de bola e alguma impetuosidade, o que garante uma ligação com Kaká - titular absoluto, apesar do fracasso em 2006 - e Elano.
ATAQUE - É Robinho e Luís Fabiano. O lépido crioulinho é insubstituível. Para mim, é o verdadeiro diferencial da seleção. Fabiano, por falta de rivais, vai se firmando. Com um cartão vermelho besta neste sábado, abriu perigoso precedente para Nilmar, que será titular no Recife e vem literalmente voando. Keirrison, após início arrasador no Verdão, perdeu pique. Tem mais fundamentos que os outros centroavantes, mas é apenas preparável para 2014.
ESQUEMA - O melhor de tudo é isso: tirando Júlio César, Juan, Kaká e Robinho, as outras peças até podem ser trocadas, porque o esquema de jogo está definido. Ficou muito claro neste sábado: Dunga quer dois zagueiros clássicos, dois laterais de antigamente, dois volantes convencionais (um mordiscando a canela adversária, como o próprio treinador fazia; outro mais de ligação), e dois meias, Kaká e Elano, chegando à frente, com Robinho aberto na esquerda, à espera de qualquer coisa (um passe curto pela lateral, um passe longo pelo meio, um balão da zaga ou um cruzamento quilométrico de Elano na diagonal) e Fabiano ou qualquer outro mexendo-se na frente, com a responsabilidade de criar espaços e finalizar. Quer saber? Simplezinho, mas bonitinho. É melhor ter um time que sabe o que vai fazer do que um Quadrado Mágico (argh!) instável.
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não concordo com o "apesar de 2006" referente ao kaka. dizem que foi o único que tentou falar sobre a bagunça que foi aquela preparação mas levou um cala boca dos mais velhos. acredito nessa versão. ele é muito certinho prá ter concordado com aquilo
ResponderExcluirFalo do fracasso técnico, Bruka, dele e do time todo. Quem dera eu pudesse ter acesso aos bastidores da seleção...
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