segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pato-Nilmar, Renato-Romário

Na "janela" da seleção para a imprensa, hoje, no Recife, o tititi ficou por conta de quem vestirá a camisa 9 quarta contra o Paraguai: Nilmar ou Pato? Suspenso, o titular Luís Fabiano ficou curtindo uma piscina. Apesar de cinco anos de diferença, Nilmar - o mais velho - e Alexandre Pato têm muitas semelhanças. Ambos são paranaenses. Ambos são cria do Inter. Ambos saíram cedo para o exterior. Pato permanece no Milan. Nilmar voltou ao Colorado. Parei pra pensar: caramba, imaginem a inveja dos treinadores das outras seleções. Quem, além do Brasil, pode dispor de dois nomes desse calibre para o comando do ataque? Isso porque ambos são reservas. Isso porque o maior artilheiro da história das Copas está ressuscitando novamente agora, no Corinthians. Isso porque, além deles, temos Fred, temos Washington, temos Grafite. Devo estar esquecendo de uns quatro. Temos Keirrison, amadurecendo. Lembrei de uma cena em Porto Alegre, final dos anos 80, Brasil x Alemanha, amistoso preparatório para a Copa da Itália. Brasil 2 a 0, meados do segundo tempo. A câmera focaliza o técnico - se não me engano, o Vogts - no banco alemão, cabisbaixo, a cabeça a prêmio. De repente, ele para de coçar a cabeça, vira pro lado e vê dois caras se aquecendo em frente ao banco do Brasil, prontos para entrar em campo: Renato Gaúcho (que jogava na Fiorentina) e Romário (que já estraçalhava no PSV). Imaginem a sensação de quem está perdendo um jogo para o Brasil, fora de casa, e vê dois diabos daqueles se preparando para entrar! Nosso menu de opções é realmente coisa de outro mundo. Fôssemos 5% melhores na parte político-administrativa, não sobrava pra ninguém. E quem disse isso, vários anos atrás, foi Julio Grondona, eterno vice da Fifa e presidente da Federação Argentina. O 5% é por minha conta. Mas o raciocínio é dele.

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